Polegarzinha: o que essas jovens esperam hj da escola?

No livro Polegarzinha, o filósofo francês Michel Serres propõe uma reflexão acerca das novas formas de comunicação da jovem e da escola no mundo contemporâneo.  O texto inicia com um interessante pressuposto educacional:  " Antes de ensinar o que quer que seja a alguém, é preciso, no mínimo, conhecer esse alguém [...]"

As Polegarzinhas não pensam como os pais, não entendem como as gerações anteriores, não aprendem da mesma forma, não são mais os mesmos, assim educar essa geração tão diferente não se constitui tarefa fácil. Precisamos saber o que querem da sua escola?

Não podemos continuar a ignorar que os jovens hj produzem conhecimento o tempo todo, que os saberes estão disponíveis e que eles, mais do que ninguém sabem o caminho. O autor nos alerta para o quanto a educação está se distanciando do mundo dos jovens. Mundo real este que é também virtual, porque o jovem tomou o espaço virtual como público, vivendo os dois mundos como se fosse um. 

O que fará a escola para trazer de volta este jovem que já não se identifica com ela, e que tem mais a contribuir do que a receber pronto da educação?  

Pensar os jovens de hoje implica compreender esse uso dos polegares que mobilizam outros neurônios, pensar nas formas de se comunicar dos jovens que desenvolveram habilidades cognitivas.  Para eles o ensino proposto não faz sentido. Eles trazem à escola o novo, e demandam uma nova pedagogia, uma pedagogia que traga para a escola a cultura digital.